Uma metodologia criada no vale do silício, o Growth Hacking é um termo que vem ganhando cada vez mais destaque recentemente, se trata de uma estratégia que todo gestor deve se familiarizar. Afinal, ela visa promover um crescimento acelerado de empresas, por meio de dados, hipóteses, testes e avaliações empíricas.
Segundo o criador desse termo Sean Ellis, o Growth Hacking é marketing orientado a experimentos. Um modelo de estratégia de marketing inovador que embasa sua análise com o objetivo de criar um crescimento acelerado, combinando em uma mesma estratégia a análise de dados, o marketing e a tecnologia.
Em linhas gerais, ele identifica necessidades da empresa, cria uma hipótese de solução que possa solucionar isso, executa esse experimento e por fim avalia os resultados visando identificar todo e qualquer feedback que ele traga, tudo isso soma na hora de encontrar a real solução para o crescimento do negócio.
Esse modelo é pautado também na sustentabilidade do negócio e no uso mínimo de recursos, por esse motivo no meio das startups é bem comum a simpatia por essa estratégia. Porém para todo o formato de negócio o Growth Hacking abrange e se faz eficaz.
Como É Aplicado O Growth Hacking?
Essa estratégia deve ser incorporada na cultura organizacional da empresa, e para isso algumas etapas devem ser seguidas para uma aplicação eficaz, essas etapas e suas descrições são:
1 – Identifique o problema: O início do projeto é um exercício de autoanálise do seu negócio, você precisa identificar as lacunas no andamento do seu negócio ou quais estratégias precisam ser priorizadas. O crescimento é rápido, mas não pode ser desordenado, por isso esse foco é importante para dar um passo de cada vez nesse crescimento.
Indicadores estratégicos podem ajudar na hora de fazer a análise de definição das suas demandas, um bom exemplo de gargalo na sua estratégia de venda é quando a taxa de conversão é baixa apesar de muitas pessoas acessarem seu produto, com essa informação em mãos você pode analisar onde que está o problema que impede a conclusão da compra.
A exatidão na coleta de dados também é crucial para otimizar o seu tempo, ao ser específico você consegue dizer por exemplo se seu problema é estrutural ou tem a ver com preços, promoções e propostas. Reduzindo a lista de possíveis problemas a quantidade de soluções que precisam ser testadas diminuem.
2 – Crie soluções: Com a demanda a ser suprida definida você precisa criar caminhos para solucionar isso. Nem sempre se trata de fato de um problema a ser resolvido, algumas vezes é algo que precisa somente ser otimizado ou adaptado para um formato mais saudável para o negócio.
Um brainstorming junto de sua equipe é um ótimo caminho para chegar nessas soluções, algumas vezes a solução é mais simples do que parece. É importante visar quais métricas você deseja impactar para que no momento da análise da qualidade da solução pensada essas métricas sejam comparadas.
3 – Modelagem: Após encontrar a solução que você julga mais plausível, organize dentro do modelo de teste a fim de um melhor andamento do processo de resolução. Esse modelo se divide em 6 tópicos importantes de serem definidos, são eles:
- A Hipótese, que define qual você acha que é o caminho para solucionar seu problema;
- As métricas, que são os números que vão garantir se a solução está de fato impactando em algo;
- As pessoas envolvidas nesse processo;
- As ferramentas utilizadas;
- A lista de atividades que devem ser realizadas para o bom andamento do experimento;
- E por fim o acompanhamento de todo o processo e o feedback que ele dá nos resultados práticos.
4 – Faça testes: Essa é a parte prática do processo planejado anteriormente, é importante a presença de um líder para acompanhar essas métricas pré-definidas e também o andamento de todos os passos do projeto.
Esse gestor deve priorizar ideias, escolher as ferramentas e preparar o terreno para que sua equipe possa trabalhar, sempre com a maior dedicação possível que essa estratégia demandar. É muito importante a lisura do processo de teste para que a análise de resultados não tenha algum impacto indevido.
5 – Análise de resultados: Aqui é posto à prova toda a hipótese antes pensada, todos os resultados são apurados e mesmo que o feedback seja negativo em relação ao problema inicial, essa fase ainda é de muita utilidade para o aprendizado.
Se a hipótese se confirmou, você deve olhar para o próximo passo que é o como implementar e sistematizar esse experimento, porém se a hipótese não se confirmou, você deve buscar o que explica essa não confirmação e que ideais podem ser aproveitadas desse experimento para serem utilizadas em outros futuramente.
6 – Implementação: Nessa fase o gestor será responsável por implementar o experimento que confirmou a hipótese. Normalmente os testes são feitos em menor escala, ou em um conjunto amostral menor, isso é feito a fim de saber se realmente o resultado será positivo na implementação, sem o risco de prejuízos ou impactos em larga escala.
Benefícios do Growth Hacking
Nesse mesmo artigo alguns dos melhores benefícios da implementação do growth hacking já foram citados, porém a fim de alinhar as expectativas com os resultados possíveis, é importante ratificar o que você pode esperar como resultado da implementação desse método. Os benefícios são:
- Aceleração no crescimento;
- Decisões embasadas;
- Redução de análises ou táticas de marketing infundadas;
- Capacidade de testar hipóteses e ideias;
- Maior segurança para investir;
- A criação de negócios saudáveis e sustentáveis;
- Redução de custos no processo de experimentos;
- Prioridade para o crescimento sustentável.
Growth Hacker
Esse é o profissional capaz de acompanhar e realizar todo o processo, responsável por transformar a mentalidade de crescimento sustentável e escalável em processo e metodologia. Esse profissional deve estar envolvido em várias áreas da empresa, não somente no marketing. Seu trabalho passa pelo TI da empresa, pelo produto, pelas finanças e por mais qualquer área que impacte essa metodologia e o crescimento da empresa.
Esse profissional deve desenvolver algumas habilidades, são elas:
- Compreensão completa dos métodos usados no desenvolvimento da estratégia;
- Conhecimento na área de TI a fim de navegar nos códigos e sistemas;
- Capacidade de analisar;
- O embasamento por meio dos dados;
- Expertise em gestão de pessoas;
- Conhecimento sobre métodos de pesquisa.
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